Feature in the Serial Optimist – Jan Smith: “Igrushka Project”

Photo Featrue in the Serial Optimist – Jan Smith & Igrushka Project

Feature in The Serial Optimist - Jan Smith

A feature in The Serial Optimist for Igrushka.  Igrushka is my series on Chernobyl that combines images of toys from the city of Pripyat with testimony from people who were children at the time of the accident.

Fotografias de Pripyat – O Legado do Átomo

Fotografias de Pripyat:  25 Anos Após Chernobyl

Este é um íntimo passeio fotográfico por Pripyat 25 anos após o acidente na usina nuclear de Chernobyl. Você verá partes da cidade que raramente foram fotografadas. Acompanham as imagens trechos de relatos de ex-moradores da cidade. A maior parte dos lugares fotografados não foram documentados desde o abandono da cidade.

Sinta-se livre para visitar a apresentação online no meu website, onde você também poderá fazer o download da apresentação em PDF para circulação. É importante que a história desta querida cidade da União Soviética seja conhecida. Vamos devolver à Pripyat algo da dignidade que possuía.

COMPLETE GALLERY/GALERIA ONLINE: http://www.smithjan.com/pripyat.html

Pripyat Stella – Jan Smith 2011

“Quando eu penso em Chernobyl, três palavras vêm a minha mente: radiação, câncer e mutação”, diz Max, mas quando é perguntado sobre Pripyat, onde ele morou e onde acontecer a tragédia, sua expressão se suaviza num sorriso. Seus pensamentos viajam para um horizonte mais distante, profundo, para antes do acidente, quando era fácil se apaixonar por Pripyat. “Boas lembranças”, ele confessa.

Pripyat City Center – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Centro da Cidade

O café Polissya foi anfitrião de banquetes oficiais e oferecia vistas do centro da cidade em formato de foice. Em tempos sombrios, o mesmo espaço funcionou como Centro de Contrôle para helicópteros que despejaram areia sobre o Reator No. 4.

Pripyat City Center – Jan Smith 2011

Desde a prancheta de projetos, Pripyat foi desenhada como um vibrante ponto central para os habitantes da região. O centro da cidade era impressionante. Visitantes chegavam ao centro, ao Palats Kultury (Palácio Cultural). O prédio servia como prefeitura, centro de convenções e instalações esportivas de luxo, tudo baixo um mesmo teto. O complexo se estendia ao oeste com um restaurante espaçoso e um supermercado – que para aqueles tempos, era um luxo e novidade. Ao leste o Hotel Polissya oferecia acomodações confortáveis.

Pripyat Buildings – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Edifícios

Mesmo comparada à cidades ocidentais do mesmo tamanho, Pripyat possuía características peculiares em termos de infra-estrutura e facilidades. O KBO, ou secretaria da cidade, registrava barbeiros, cabeleireiros, costureiros, sapateiros, uma pequena creche e um lugar onde podia-se tirar foto-cópias. Tanto um supermercado como um restaurante estavam sendo construídos antes do acidente. Uma filial da famosa loja de brinquedos de Moscow – Detsky Mir (Mundo Infantil), estava planejada assim como uma estação de TV transmitindo 3 canais.

Pripyat Movie – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Cinema

Kinoteatre Prometeu, foi o primeiro cinema em Pripyat e acomodava 500 pessoas. Na entrada, uma estátua de Prometeu recebendo a dádiva do fogo. Durante os esforços de limpeza após o acidente, o piso radioativo foi arrancado, retirado e enterrado. A estátua foi preservada, por sorte ou por causa do estilo e design, e faz parte hoje de um memorial em frente ao Reator No. 4.

Pripyat Music School and Theatre – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Escola de Música & Teatro

A asa oeste do cinema foi decorada com mosaicos e servia como escola de dança e auditório. O nome foi inspirado no Deus grego do fogo. “Você conhece a lenda grega de Prometeu? Da (sim)? Pois esta foi uma maneira irônica de predizer que nossos fígados seriam picados. Talvez, pelo menos desta vez [propaganda soviética] diziam a verdade”, Max, um ex-morador, comenta e ri.

Chernobyl Docks and Railroad – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Transporte e Pólo Industrial

Embora construída para acomodar os trabalhadores da usina nuclear de Chernobyl, Pripyat também serviu como um pólo para transporte e atividades de manufatura leve. A estação férrea próxima, Yaniv, que teve um papel trágico na II Guerra Mundial, foi utilizada para cargas e passageiros, e uma doca na margem do rio havia sido expandida antes do acidente.

Farm Equipment Pripyat – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Agricultura

Pripyat possuía atividades agrícolas consideráveis. Chernobyl, a uma distância de 15 minutes descendo a estrada, e com 800 anos de idade, era uma cidade agrícola que teve uma influência germana e pertinente em Pripyat. “Meu tio vivia numa fazenda perto de Pripyat. Ele costumava trazer pedaços de bacon [para Kiev] no inverno, com a mostarda realmente picante, não esta porcaria doce de hoje em dia. Sabe aquele tipo que é preciso somente algumas gotas para sentir o gosto. Verdadeira Gorchitsa”, recorda Petro, que nos últimos 9 anos trabalha como motorista de tours para Chernobyl e Pripyat.

Fish Laboratory – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat: Unidade de Pesca & Laboratório

Fora da cidade, próximo às torres de resfriamento, uma pequena unidade de processamento, provia quantidade modestas de pescado fresco. Depois do acidente em 1986, foi utilizada como laboratório para estudar os efeitos da radiação no peixes. Como provam os jornais deixados para trás, e as datas de validade em alguns remédios antigos, o laboratório foi utilizado aproximadamente até 1996, e depois finalmente abandonado.

Mechanic Shop Pripyat – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Oficina Mecânica

Uma caminhada entre os limites na parte oeste da cidade, revela um pequeno grupo de armazéns, estufas para plantas e oficinas mecânicas para tratores. Dentro das oficinas, assim como em mecânicas ao redor do mundo, recortes de jornais com fotos de mulheres semi-nuas ainda estão penduradas na parede. Imagens de banquetes e velas emolduram o corpo de uma mulher, enquanto que a outra ajoelha sobre uma paisagem de terra rachada. Combinados, os recortes instigam mais um sentido de sensualidade pastoral, do sexual.

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Pripyat Cafe – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat: Pripyat Café

Jovens adultos passavam tardes no píer do Café Pripyat, com suas janelas de vitrais coloridos. A faixa etária média em Pripyat era de 26 anos.

Pripyat Pier – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat: Píer

O píer perto do Café Pripyat era o lugar favorito para relaxar e assistir aos veleiros passarem durante os meses mais quentes. No inverno, crianças e famílias eram vistas patinando no gelo. Andrei, que tinha 16 anos na época do acidente, tem memórias da infância passada na beira do rio. “Brincávamos ou íamos pescar no rio, enquanto nossos pais e amigos organizavam churrascos no bosque próximo… No inverno, eu me lembro de ter visto senhores mais velhos pescando no gelo”.

Sports Palace – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Instalações para Esportes

Com os jogos Olímpicos de 1980 como pano de fundo, muitas instalações públicas, fizeram dos esportes um elemento chave em atividades sociais. “Participar, era uma honra para nós”, explica Karina, uma ex-moradora. “Natação. Corrida. Revezamentos. Sempre alguma coisa, em alguma parte, numa escola ou complexo. Sempre”, ela adiciona.

Sports Palace – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Palácio Cultural

Equipes de Pripyat treinavam arduamente no Palácio dos Esportes e eram conhecidos por serem fortes. Vlad, quem sempre morou em Kiev, e trabalha como DJ, lembra de jogar futebol contra meninos de Pripyat, no verão imediatamente após o acidente. “Um grupo de crianças foi enviada para participar do nosso acampamento Pioneiro, e nós nos burlávamos deles, chamando-os de radioativos. Mas eles descontaram nos humilhando no campo “.

Pripyat Stadium – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Estádio

Esportes ao ar livre eram muito comuns em Pripyat. Um estádio foi construído em 1980 e, enquanto o clima permitia, aconteciam provas de atletismo e jogos de futebol. O time de futebol universitário era considerado forte e, residentes de edifícios próximos ao estádio, se lembram de chutar a bola de volta e assistir aos jogos, de suas varandas.

Pripyat Pools – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat: Piscinas

A maior de 5 piscinas possuía uma plataforma de 10 metros para  saltos, e ao lado, havia uma piscina com raias, reservadas para dirigentes do partido. Segundo pessoas que continuaram a trabalhar na usina de Chernobyl depois do acidente, esta piscina em particular foi mantida funcionando até o ano 2000, como uma unidade de recreação. Antes disto, literalmente milhares de crianças aprenderam a nadar lá.

Pripyat Hospital and Clinic – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Hospital e Clínica 

Pripyat possuía uma impressionante infra-estrutura médica. Uma clínica geral, conhecida como MSD-126 (Medical Sanitation Department – Departamento Médico Sanitário), abrigava a associação de médicos, e possuía uma piscina com equipamento especial, suspenso, para fisioterapia. A cada ano, mais de 700 bebes nasciam no hospital da cidade. Hoje o hospital nada mais é do que uma lembrança ferida do que aconteceu errado na noite de 26 de Abril.

Pripyat Hospital and Clinic – Jan Smith 2011

“Prevenções para Lesões por Radiação”, lê-se num quadro apodrecido num corredor no 2o andar do Hospital em Pripyat. No andar abaixo, na sala de emergências, a leitura do nível de radiação é uma das mais altas da cidade. Na noite do acidente, os bombeiros que extinguiram o fogo do reator, contaminaram a enfermaria com seus corpos radioativos. Enquanto extinguiam o fogo, absorveram radiação e se tornaram uma ameaça para os médicos e enfermeiras que os tratavam.

Soviet Billboards – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Cidade Soviética

Muitos outros quadros de avisos estão pendurados em vestíbulos e corredores por toda a cidade, e continuam no mesmo lugar que estavam à 25 anos atrás. Alguns são uma confusa orgia de siglas do Partido Comunista. Outros são hipérboles prolixas de patriotismo exagerado, honrando as façanhas do exercito do povo sobre a Alemanha nazista. O efeito geral de tantas estrelas e propaganda sobreviventes, faz Pripyat sentir-se como um museu em ruínas de todas as coisas soviéticas.

Lenin – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Educação Soviética

Crianças eram gradualmente trazidas/recrutadas para o Partido Comunista nas escolas, e pela participação obrigatória nas organizações de escoteiros. Sasha, que tinha 6 anos na época, recorda usar uma estrela vermelha no boné ou colarinho. A estrela indicava que ela era uma “Pequena Octoberist”, e parte do primeiro nível e um total de três níveis de escoteiras. “Eu realmente queria me tornar uma Pioneira e usar o lenço vermelho no pescoço como as meninas maiores”, diz Sasha.

Soviet School – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Lenin na Escola

O papel de Lênin na educação estréia no Ensino Fundamental I com um sorriso leve e paternal, lendo para crianças sobre seu colo. Alguns graus acima, ele apresenta a conhecida expressão austera, e lidera poemas e peças sobre a Terra Mãe. No equivalente ao Ensino Fundamental II apresenta sua expressão feroz, cruel e determinada. Seus discursos decoram as paredes ao lado de mapas da USSR e o Juramento ao Exército Vermelho.

False Security – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Áreas Proibidas

Por ser uma usina nuclear, segurança e precaução foram anunciadas pelo Partido Comunista como valores fundamentais na força de trabalho em Pripyat. O partido controlava acesso aos quartos e, até aconselhava sobre o uso de chaleiras elétricas. Na prática, contudo, segurança e cuidados eram negligenciados. Muitas das transferências de funcionários para as torres da usina, eram baseadas na política, ao invés de no mérito. Este fato diluiu a capacidade técnica da equipe da usina – um fator chave, que a IAEA citou na análise post-mortem como tendo contribuído para a causa do acidente.

Utility Companies Pripyat – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat: Empresas de Serviços Públicos

Os serviços chave das empresas públicas foram mantidos, após o acidente, por uma equipe militar, para serem utilizados durante os esforços de limpeza. Equipes mínimas trabalhavam em turnos rotativos para manter eletricidade, água e telecomunicações. Instituições públicas como o banco, foram esvaziados, todos móveis e utensílios retirados.

Empty Apartments Pripyat – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Apartamentos Vazios

Famílias foram evacuadas levando somente uma mala por pessoa. Equipes de limpeza, conhecidos como liquidantes, dispuseram do que restou. Móveis, equipamentos domésticos, roupas, animais de estimação mortos, encanamento, instalações hidráulicas e elétricas foram arrancadas e jogadas no meio das ruas, para serem carregadas em caminhões e levadas para aterros.

Crushed Goods Pripyat – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Bens Esmagados

A maioria dos objetos valiosos, como carros e aparelhos eletrodomésticos, foram deliberadamente esmagados antes de serem enterrados, mas muitos ex-moradores acreditam que seus pertences foram, ao invés de enterrados, roubados. Seja verdade ou ficção, um mito urbano rapidamente se propagou nos meses após a evacuação: aparelhos de TV radioativos estavam sendo vendidos em Kiev, até que os responsáveis por fazê-lo foram pegos e fuzilados. Dimitri, um antigo liquidante discorda, “Mesmo se tivéssemos considerado, estávamos muito ocupados e assustados para fazê-lo”.

Pianos – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Pianos e Apartamentos Vazios

À parte de pianos, livros e jornais soviéticos, é raro encontrar algum pertence pessoal nos apartamentos em Pripyat. Quando perguntado sobre os pianos deixados para trás, Dimitri, que trabalhou como liquidante, responde secamente, “Eram pesados demais para se mover”.

Signs of Nature Pripyat – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Edifícios Vazios São Tocas

Hoje, tudo o que restou em Pripyat são edifícios residenciais, com nomes dos ex-moradores listados nos halls de entrada. A natureza reivindicou os espaços. Veados passeiam pelos antigos parques da cidade, lobos e javalis fazem dos porões suas tocas.

Ferris Wheel Pripyat – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Roda Gigante

Pripyat inauguraria dia 1o de Maio de 1986 um pequeno parque de diversões, contendo uma roda gigante amarela. A cidade foi abandonada 3 dias antes da inauguração. Simbolismo do potencial mutilado da cidade, é a característica mais reconhecida. Alexander, se lembra da excitação sentida, quando sua mãe o levou para ver a montagem da Roda Gigante. “Eu vejo fotos e penso num átomo. Sabe, redondo e com elétrons em órbita… como o cavalo de Ulisses, foi colocado lá no meio da cidade: um grande redondo, feliz e amarelo átomo, que numa noite, rolou sobre nós”.

Forgotten Name – Jan Smith 2011

Fotografias de Pripyat:  Evento Relembrado com Nomes Esquecidos

É difícil lembrar de um lugar que existiu por menos de 2 décadas, e mesmo na Ucrânia, o nome Pripyat é regularmente perdido entre a magnitude do acidente de Chernobyl. “Não importa se pessoas sabem o nome e se conseguem distinguir-lo de Chernobyl”, comenta Sra. Anna Vitalievna, diretora do Museu Chernobyl em Kiev, “o que importa é que entendam o que aconteceu e como evitar e preveni-lo”.

COMPLETE GALLERY/GALERIA ONLINE: http://www.smithjan.com/pripyat.html

 

 

 

Fukushima Daiichi is Not Chernobyl — But Both are Disasters

Fukushima Daiichi is Not Chernobyl – But Both are Disasters

Chernobyl Reactor, Pripyat 2011, Jan Smith 2011


Fukushima and Chernobyl Differences

It is unfair to compare the size of disasters because lives are affected and destroyed.  Nonetheless, the situation at Fukushima Daiichi, although very serious, should not be equated at the same level as Chernobyl.*  There is much reason for serious concern, but not for panic, particularly on the West Coast of the USA.  Continue reading “Fukushima Daiichi is Not Chernobyl — But Both are Disasters”

A Picture for “Castaways” – Nouadhibou

Poem "Castaways" by David Jibson

Nouadhibou – Castaways

Yesterday I got a kind note from David Jibson, author of Looking for Wisdom Blog (http://lookingforwisdom.tumblr.com).  He thanked me for an image that helped him get inspiration for finishing a poem.  It’s rare for somebody to take the time to let you know they re-posted some of your work, but David’s poem struck me because of its reference to the Aral Sea.  Indeed, this is on the radar for 2011, as soon as I finish my work in Chernobyl.